O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, apresentaram a PEC da Segurança Pública em uma reunião no Palácio do Planalto com governadores e representantes do judiciário. Apenas treze dos vinte e sete governadores compareceram, incluindo líderes da oposição. Lula destacou a necessidade de lidar com o aumento da criminalidade e enfatizou que o crime organizado se tornou mais estruturado e complexo. A proposta visa unificar protocolos de segurança em nível nacional e introduzir mudanças importantes no sistema jurídico relacionado a crimes organizados e segurança pública.

A volta do horário de verão no Brasil está sendo debatida pelo governo federal. Nos próximos dias, será decidida a adoção dessa prática, com possíveis consequências para Minas Gerais, como a alteração nos relógios, que poderia ter impacto na distribuição de energia. A Cemig, companhia de energia do estado, indica que haverá uma neutralidade no consumo, uma vez que novos aparelhos mais eficientes diminuíram a demanda. No entanto, associações aéreas alertam que precisam de ao menos 180 dias para adequação, já que a medição pode afetar as operações logísticas do setor aéreo e a conectividade no país.

O governo federal revelou, nesta segunda-feira (19), a relação candidato/vaga do Concurso Nacional Unificado (CNU), conhecido como 'Enem dos Concursos'. São 6.640 vagas em 21 órgãos federais para os quais mais de 2,1 milhões de candidatos se inscreveram. Contudo, estimativas indicam um comparecimento de cerca de 1 milhão de pessoas no último domingo (18), quando foram aplicados os exames em 228 cidades brasileiras. O gabarito oficial será disponibilizado em 20 de agosto, com notas finais divulgadas em 8 de outubro e resultados definitivos previstos para 21 de novembro.

Em uma ação significativa para combater a pobreza no Brasil, o Governo Federal anunciou a expansão do Benefício de Prestação Continuada (BPC). A partir de 2024, a renda mínima para famílias extremamente necessitadas será dobrada, proporcionando alívio para muitos idosos e pessoas com deficiência. O novo critério permitirá que mais habitantes se cadastrem, já que a renda familiar per capita poderá ser de até meio salário mínimo. Além do aumento no valor do benefício, que subirá para um salário mínimo, o governo também implementará acompanhamento psicossocial para favorecer a inclusão social dos beneficiários.

Fraudadores estão tentando acessar recursos públicos destinados às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. Um ex-detento e uma empresária que fechou o negócio meses antes da tragédia foram identificados solicitando o Auxílio Reconstrução de forma irregular. O governo federal anunciou medidas para identificar as fraudes, incluindo uma 'malha fina'. Além disso, metade dos cadastros para o benefício federal apresentaram irregularidades, como endereços falsos e solicitações duplicadas. O caso levanta preocupações sobre a correta destinação dos recursos públicos em meio à situação de emergência causada pelas enchentes no estado.

Docentes da UFRPE, campus Recife, decidiram encerrar greve a partir de 1º de julho. Em assembleia, 69 votos a favor do fim da paralisação, oito contrários e uma abstenção. Na capital pernambucana, professores aprovaram proposta do governo federal. IFPE mantém greve e UFPE ainda decide. Acordo com governo federal inclui recomposição orçamentária, revogações de portarias, destinção de bolsas e reajuste de benefícios, entre outros pontos. Sindicatos devem avaliar propostas e decidir sobre manutenção ou encerramento da greve até sexta-feira.

Porto Alegre enfrenta uma grave tragédia de enchentes, com cerca de 15 mil desabrigados na cidade e previsão de 30 mil. O prefeito Sebastião Melo destaca a urgência em encontrar moradia para essas pessoas e pede a liderança do governo federal em um plano habitacional. Enquanto enfrenta críticas sobre a negligência na manutenção do sistema antienchente da cidade, Melo reconhece a necessidade de revisitar todo o sistema. Além disso, ele destaca a importância da governança metropolitana e da reconstrução da cidade, priorizando salvar vidas e resolver o problema sem politizar o debate.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, expressou insatisfação com a indicação de Paulo Pimenta para coordenar a resposta às enchentes no Estado, feita pelo presidente Lula. Leite se comunicou com o comando nacional do PSDB, afirmando que não está contente com a escolha. A indicação de Pimenta, que tem planos políticos no Estado, foi considerada equivocada por criar atritos desnecessários com Leite. A escolha de Pimenta para a interlocução do governo federal sobre as enchentes está gerando tensionamento entre as partes, com Leite sentindo que estão tentando diminuir seu poder.

A reunião em que o governo federal anunciou a suspensão do pagamento da dívida do Rio Grande do Sul por três anos reforçou uma imagem de cooperação, mas também exibiu um ponto de atrito entre o governador Eduardo Leite (PSDB) e o presidente Lula (PT). Leite queria uma anistia para a dívida do Rio Grande do Sul, mas o Ministério da Fazenda topou suspender os pagamentos, determinando que devem ser quitados depois. Esse desencontro mostrou bem os desafios políticos de cada um dos lados na crise provocada pelas inundações no Rio Grande do Sul.

O vice-governador do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza (MDB), alertou para a possibilidade de novos desastres no estado, devido às inundações severas e ao aumento do nível do lago Guaíba. O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres emitiu um alerta de alto risco, destacando a necessidade de reconstrução da infraestrutura afetada. Souza ressaltou a importância do repasse de recursos do governo federal e da flexibilização no pagamento da dívida do estado com a União. A antecipação de pagamentos de benefícios foi anunciada, visando destinar recursos para a reconstrução do estado.

A Polícia Federal (PF) e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) estão investigando uma suspeita de invasão ao Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) com desvios de recursos, ocorrida no início de abril. Segundo informações, criminosos conseguiram emitir ordens bancárias e desviar recursos da União, utilizando acessos de gestores habilitados. A investigação aponta para a coleta de dados de acesso ao sistema gov.br do Governo Federal, eventualmente obtidos através de contas de gestores da Câmara dos Deputados. O ataque levantou suspeitas devido ao uso indevido de CPFs e a falta de autenticação por certificado digital.